quinta-feira, junho 29, 2006

Necessidade de Expressão VS Dificuldade de Expressão

Se expressar é sim uma tarefa árdua. No dia-a-dia, no meio acadêmico, na vida profisional ou em qualquer circustância, saber o que dizer, escolher a maneira correta de abranger assuntos, falar ou escrever sobre eles e acima de tudo ser entendido, é complicado.

Atentei pra isso quando li um artigo que vi no [CC] e que tinha o interessante título: Falar como um idiota. Basicamente, trata da tendência atual do meio empresarial, em que se falam muitas palavras, se utilizam de muitos termos bizarro, mas pouco se diz e menos ainda se é entendido.

Saindo do meio empresarial, não é preciso ir muito longe na questão da dificuldade de expressão e de entendimento. Quem nunca teve por exemplo que reler um texto qualquer pra entender ao menos sua essência, já que o autor deve se achar o máximo sendo o mais incompreensível possível? Ou ainda, quem nunca teve que ler letra-a-letra em algum lugar da Internet, frases de adolescentes que hoje em dia também se acham o máximo, por "excrever axim e axim, falando de seus xentimentos e de seus miguxos fófis e felizes"? Pior ainda é quando você, movido pela curiosidade, decide aprender a respeito de algum assunto novo. Acha publicações ou artigos a respeito e na ânsia pra entender alguma coisa, se depara só com termos técnicos e absurdamente incompreensíveis, dos autores que também acham a frase "não queremos ser claros, não queremos ser entendidos" uma coisa legal.

Cada um tem lá seus momentos de "falar difícil". Quer seja apresentando um trabalho acadêmico e tentando falar formalmente pra ganhar alguns míseros pontos, quer seja falando de forma exageradamente polida em uma entrevista de estágio/emprego ou ainda pra ser aceito em determinado círculo social.

Alguns também tém aqueles momentos de ser incompreendidos, mas apenas pela preguiça de escrever corretamente. Meu caso por exemplo, que quando converso via MSN, caio na tentação de sair escrevendo sem pontuação, abreviando excessivamente e fazendo tudo aquilo que vá de encontro aos princípios da fala correta que o professor Pasquale tanto prega por onde passa. Ao menos estou longe de alguns casos que conheço, em que nos diálogos de 40 palavras, 30 eram emoticons, (as famosas "carinhas" feitas com pontuações, que deviam ser usadas com bom senso pra expressar algum tipo de emoção) 5 estavam escritas erroneamente e as outras 5 eram emoticons que já "vem de fábrica" com algum errinho ou abreviatura.

A comunicação transparente nunca foi tão importante para a sobrevivência das empresas. E, paradoxalmente, nunca tantos usaram tantas palavras para dizer tão pouco.

Não só para as empresas, mas em qualquer situação ou lugar, falar bonito e se expressar bem na escrita, é acima de tudo uma coisa muito simples: É se fazer compreendido.




Um comentário:

gu-girardi@hotmail.com disse...

eai feipe,
gostei muito do seu texto
um texto alegre, divertido,
muito bem escrito, e de fácil compreensão
parabens
abraço
gustavo